Como Prevenir a Obesidade Infantil?
A má alimentação na infância, combinada com comportamentos sedentários são as principais causas da obesidade infantil.
Além disso, esses fatores predispõem condições graves para a vida adulta, encurtando a expectativa de vida.
Sendo assim, quanto antes os pais se conscientizarem sobre a importância de uma alimentação balanceada, mais chances de reverter uma situação que já está grave.
Leia neste artigo:
O que é obesidade infantil?
A obesidade infantil é caracterizada por excesso de peso e gordura corporal a depender da fase, idade ou altura que a criança está.
Cada criança possui um biotipo e um ritmo de crescimento. No entanto, atualmente a obesidade infantil tem sido um dos maiores desafios da saúde pública, em que segundo a OMS, uma em cada três crianças brasileiras entre cinco e nove anos está acima do peso.
Por isso, é importante observar crianças acima do peso e fazer um acompanhamento para garantir um desenvolvimento saudável.
Causas da obesidade infantil
A obesidade infantil pode ser causada por fatores genéticos, ambientais ou comportamentais, como maus hábitos alimentares e falta de atividade física, por exemplo.
No geral, a exposição de comportamentos que sugerem a ingestão de alimentos altamente calóricos e viver em ambientes que favorecem o sedentarismo colaboram para o aumento de peso.
Além disso, a redução da qualidade de alimentos consumidos e a diminuição da atividade física trazem um desequilíbrio energético, aumentando assim a incidência da obesidade infantil.
A gordura é um tecido altamente inflamatório e pode causar sérios prejuízos a saúde. Por isso a importância de tratar de um tema tão delicado, e que acomete cada vez mais crianças.
Também de acordo com a OMS, todos os grupos socioeconômicos tiveram exposição ao ambiente obesogênico, que contribui para um modo de vida mais sedentário e comportamentos alimentares inadequados.
Como evitar a obesidade infantil?
A importância de uma alimentação adequada e saudável vem desde a gestação. Isso porque o bebê forma seus hábitos alimentares desde a barriga – de acordo com a ingestão de alimentos da mãe – e se estende aos primeiros anos de vida.
Ou seja, tudo depende do que é oferecido e da forma que a criança tem acesso ao alimento. Sendo assim, os pais são responsáveis por uma alimentação balanceada.
Algumas crianças têm predisposição genética a desenvolver obesidade infantil. Sendo assim, precisam de ainda mais atenção.
Evite mandar alimentos industrializados na lancheira da criança
Alimentos industrializados como biscoitos, bolachinhas doces, barras de cereal, iogurte de frutas, chás adocicados, leite fermentado, refrigerante, suco de caixinha, achocolatado são cheios de açúcar e possuem baixo valor nutricional.
Ou seja, não têm a função de alimentar, e ainda vão dificultar o aprendizado e levar as crianças ao sobrepeso e doenças metabólicas.
Apresente frutas e hortaliças desde os 6 meses
Além da mãe manter uma alimentação balanceada durante a gestação, os cuidadores podem apresentar as frutas, legumes e hortaliças desde o início da introdução alimentar, aos 6 meses.
Dessa forma, a criança terá proximidade e familiaridade, além de desenvolver um paladar receptivo para esse tipo de alimento, que deve ser a base nutricional para um desenvolvimento saudável.
Evite alimentos açucarados até os 2 anos de idade
Além do aleitamento materno, os cuidadores devem ofertar alimentos in natura e minimamente processados para bebês a partir dos 6 meses de idade.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde não recomenda a utilização de açúcar na preparação de nenhum tipo de alimento até os 2 anos de idade, incluindo a oferta de alimentos ultraprocessados.
O açúcar traz resultados nocivos à saúde e ao incluí-lo na alimentação, trará uma composição nutricional desbalanceada.
Além disso, a introdução do açúcar antes dos 2 anos, pode colaborar para a alteração do paladar, e a criança terá cada vez mais necessidade de consumi-lo.
O resultado? Um padrão alimentar de baixa qualidade nutricional, com grande risco de ganho de peso excessivo.
Ultraprocessados e as graves consequências para a saúde infantil
A facilidade dos alimentos ultraprocessados trazem consigo consequências devastadoras para a saúde infantil. Além disso, ocasiona uma série de doenças e problemas de saúde a longo prazo.
Para que a criança tenha acesso a esse tipo de alimento, um adulto deve ter introduzido e comprado. Como resultado, a criança passa a recusar os alimentos saudáveis.
Sendo assim, pais reclamam que filhos não aceitam legumes, vegetais e “comida de verdade”, mas são os grandes responsáveis pela introdução deste tipo de alimento na vida das crianças.
E quanto mais cedo essa exposição ocorre na vida da criança, mais difícil reverter o quadro e a qualidade alimentar.
Dados alarmantes sobre a alimentação infantil
Segundo estudo realizado por pesquisadores da UFRJ, 80% das crianças brasileiras consomem ultraprocessados. Inclusive, crianças com menos de 2 anos que deveriam ter frutas e hortaliças como base da introdução alimentar, são as que menos ingerem esse tipo de alimento.
Além disso, já estão expostas aos ultraprocessados na rotina alimentar. Para concluir, apenas 22,2% das crianças brasileiras entre 6 e 23 meses são alimentadas preferencialmente com vegetais e frutas.
Outro estudo realizado por pesquisadores da USP mostra que o aumento do risco de obesidade para adolescentes é de 45% ao consumirem alimentos ultraprocessados.
Para fechar, você sabia que crianças obesas contam com uma expectativa de vida de 10 anos a menos que seus pais? Por isso é preciso estar atento!
Com essas informações, é possível entender a importância de oferecer alimentos saudáveis desde o início da introdução alimentar para ajudar na prevenção da obesidade infantil.
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