Por que as pessoas gostam de pimenta?

Quando o assunto é cozinha, a pimenta é um tempero que pode ser considerado um pouco polêmico. Algumas pessoas com o paladar mais sensível só conseguem suportar o mínimo do mínimo em um preparo.

Já outras, que não têm medo de encarar a picância, se jogam na experiência e investem em diversos tipos de molhos, saboreiam pimentas variadas e, mesmo com a língua pegando fogo, continuam apaixonadas por esse tipo de ingrediente.

Mas afinal, o que faz alguém gostar de pimenta mesmo quando ela pode deixar a boca em chamas? É isso o que você vai descobrir neste artigo!

Os benefícios da pimenta

Não é só por causa da ardência que as pessoas gostam de pimenta. Ela também proporciona diversos benefícios para a saúde e por isso, acaba sendo muito consumida.

Inclusive, o ingrediente já fazia parte da dieta de muitos indígenas da América Latina! Aqui no Brasil, as mais comuns são as pimenta dedo-de-moça, malagueta, pimenta-do-reino, caiena, biquinho, de cheiro e jalapeño.

Entre seus benefícios estão a aceleração do metabolismo, fazendo com que o corpo precise de mais energia para absorver os nutrientes, o que ajuda no processo de emagrecimento.

Além disso, a pimenta também é um ótimo antioxidante, fazendo com que o nosso sistema imunológico fique mais resistente e também combata o excesso de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce.

Ah, e a capsaicina, composto químico encontrado nas pimentas e responsável pela ardência que ela proporciona, também possui propriedades analgésicas, ação anti-inflamatória, anticoagulante e ajuda a diminuir os níveis do colesterol ruim.

Uma questão de evolução

Alguns cientistas relacionam o nosso gosto pela pimenta à busca por fortes emoções e uma batalha contra nossos instintos evolutivos. Inclusive alguns até questionam a forma como as pimentas desenvolveram a capsaicina. Muitos acham que isso aconteceu como uma forma de impedir a ingestão por parte de mamíferos e insetos.

Mesmo que costumássemos a associar gostos amargos a venenos antigamente, isso não aconteceu com a pimenta. Alguns estudos apontam que isso aconteceu porque os alimentos apimentados apodreciam menos do que os demais e tinham mais durabilidade.

Em 1998, dois biólogos americanos analisaram receitas tradicionais de 36 países e descobriram que em regiões mais quentes usavam mais especiarias, justamente para diminuir o risco dos alimentos estragarem.

Ou seja, o consumo de pimenta também pode estar ligado a questões culturais e de sobrevivência.

Fortes emoções

Da mesma forma que muitas pessoas gostam de montanha-russa e de outros brinquedos radicais, ou ainda de assistir a filmes de terror mesmo com medo e com o famoso frio na barriga, elas também gostam de pimenta.

Algumas teorias apontam que gostamos da sensação de ardência proporcionada pelo tempero por causa do impulso de buscarmos fortes emoções.

E segundo a cientista Nadia Byrnes, os homens tendem a comer mais pimenta porque se sentem mais fortes e ousados ao comerem. Já as mulheres gostam porque se interessam pela sensação de ardência que o alimento provoca.

A cientista também identificou que as pessoas que mais gostavam de pimenta, entre homens e mulheres, eram aquelas que estavam mais abertas para viverem novas experiências e atividades mais arriscadas, como se aventurar em brinquedos radicais.

Interessante, né? Os humanos são os únicos que conseguem pegar uma emoção negativa e transformá-la em algo bom, prazeroso. Por isso muitos se sentem bem com a língua ardendo.

E você, faz parte de qual time: dos que amam pimenta ou dos que vão com moderação? Independentemente do seu resultado, saiba que aqui no nosso blog você encontra diversos conteúdos sobre alimentação, gastronomia e até receitas, com ou sem pimenta!

Quer saber mais outra curiosidade sobre alimentação? Leia nosso conteúdo “Por que as pessoas tendem a comer mais em dias frios e chuvosos?” e descubra qual o motivo dessa interação!